quinta-feira, 28 de julho de 2011

Troca

Liberdade, alívio, confiança, felicidade, graça, amizade, amor.
Eu nunca vou me esquecer daquele sorriso que ela me deu.

Só isso por hoje?

Não, meus amigos...

Tudo isso.


Isabella

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pedaço do céu


Este texto não conta uma história, um momento ou sentimento, mas vários. Um lindo conjunto de emoções vividas ao tecer dos laços mais belos e fortes da minha vida: os que construí com meus sinceros amigos.

Amores mais preciosos. Companheiros de sempre. Aqueles que não hesitam em lhe oferecer um sorriso e um abraço sincero quando seu coração sangra por quem não merece. Os que te ligam à meia-noite só para saber se você está bem, como foi seu dia. Para quem você liga no exato momento em que eles estão pensando em você. Apenas um olhar basta para saber se o outro está triste, feliz, cansado ou com dor de dente.

Aqueles que te dizem o que você precisa ouvir, não o que a ilusão pede. E, mesmo que as palavras firam, seus braços o confortam e amenizam qualquer pesadelo.

Pessoas com quem as horas passam voando. Que te fazem rir até sua barriga doer e seus olhos lacrimejarem de alegria. Às vezes somem, distanciam-se do corpo, mas nunca do coração. Mesmo a oceanos de distância, estão tão próximos quanto as pétalas de uma flor. Juntos exalam o mais precioso dos perfumes. Beleza pura de uma relação verdadeira. Existe e persiste pelo bem que um faz ao outro.

Verdadeiros amigos são um pedaço do céu.


Míriam Bonora



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tatuagem


“Vamos brincar de que nada aconteceu?”, escreveu em seu blog. “Como eu gostaria que isso fosse para mim!”, comentei. “Vamos brincar?”, respondeu. Depois de uns dias, finalmente, tomei coragem, me aproximei e disse: “Você sabe que sempre gostei de brincadeiras, não é?”. Então, um emocionado e desajeitado abraço, regado por lágrimas e corações palpitantes.



Ela me apresentou à Rita Lee. Rita Lee, a ela: “entre corações que tenho tatuados, de você me lembro mais”. Eu jamais a esquecerei. Minha melhor amiga da infância-adolescência...
Cresceu.  
Quando nos vimos, já não tínhamos mais nada em comum senão o amor.
Eu não soube lidar com suas escolhas. Ela não soube lidar com minhas opiniões.
Quanta lágrima derramei por tê-la perdido! Doeu demais. Doeu como nunca havia doído, como nunca mais doeu de novo. Conheci o rancor e o desgosto de viver. Senti raiva do mundo, da juventude, das drogas, dela e acima de tudo, senti raiva de mim mesma.
Mas passou.
O perdão é poderoso e essa lição devo a ela. O momento de dá-lo e de recebê-lo, relatado no início, houve bem depois. Ficou como tatuagem no coração. Segundos que guardarei para sempre. Indescritível a sensação de alma lavada, alívio, profunda felicidade e singela paz.
Mas a distância já era demasiadamente imensurável para um caminho de volta...
Hoje tudo que sei é que, apesar de não saber como nem onde está, ainda a amo com todas as minhas forças. Para mim, ela sempre será a minha amiga. Criança, pequena, pura, linda, poesia, de leituras sofisticadas e letras redondas, pão de queijo, coca-cola, suco de abacaxi, risadas, piadas, caminhadas, jogos de futebol na escola, segredinhos, carinhos, cafunés e só.

Fico um bom tempo sem sentir sua falta. Mas quando a saudade bate à porta, não há frase que expresse melhor o que sinto do que a que estampava seu blog aos quinze anos de idade:

why so deep?

Cenas do meu filme em branco e preto
que o vento levou e o tempo traz
Entre todos os amores e amigos
de você me lembro mais...
(trecho da música Minha Vida, de Rita Lee)

Isabella