segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

2011: ano das primeiras vezes.

Todo fim de ano é momento de balanço e, pensando no meu, conclui: com certeza, 2011 merece ser guardado no nosso potinho de bons sentimentos e lembranças...

2011, para mim, foi o ano das primeiras vezes:

A primeira vez que eu realizei grandes sonhos de menina, como o de estar frente a frente e conversar com “ídolos”, como o goleiro do meu time e do meu coração, Marcos.

A primeira vez que eu me formei em uma faculdade.

A primeira vez que cumpri uma promessa de início de ano: criei meu blog com portfólio – www.isabellareis.wordpress.com

A primeira vez que fui a um barzinho. (Juro que não imaginava que também se vendiam sucos nesses lugares... haha).

A primeira vez que tive um artigo aprovado para ser publicado em um livro!


A primeira vez que eu comi um temaki =)

A primeira vez que eu ganhei uma festa de despedida só pra mim.

A primeira vez que eu casei! (Espero que a última, também, rs...).

A primeira vez que eu me senti, de fato, diva e divina em uma só noite.

A primeira vez que mudei de casa desde os seis anos de idade.

A primeira vez que mudei de cidade!

A primeira vez que acordei com quem amo ao meu lado... (sim, é isso... ^^).

A primeira vez que fui a um lugar que sempre quis conhecer: Jericoacoara, no Ceará.

A primeira vez que passei uma camisa social.

A primeira vez que me regulamentei em uma profissão (tirei minha MTB!).

A primeira vez que fiz a lista e as compras no supermercado para a minha própria casa...

Enfim, 2011 foi um teste para o coração! Árduo, manhoso, ardido, frenético, mas delicioso. Experiências tais que jamais poderão ser apagadas. Ano de lutas, mas de muitas recompensas, depois de vários anos que limitaram-se somente às lutas...

Posso dizer que 2011 finalmente chegou. E, também, que finalmente acabou. Ufa!

Os principais acontecimentos do ano já estavam programados há algum tempo. Isso me ajudou a preparar-me psicologicamente, fisicamente, emocionalmente... Mesmo assim, 2011 foi um samba rock daqueles! Pesado, mas ótimo de dançar!

Além de ser o ano das primeiras vezes, foi também ano de grandes revelações (internas e externas) e consolidações (igualmente, externas e internas). Toques a mais para este período tão especial... Acelerado e ao mesmo tempo lento. Previsível e ao mesmo tempo surpreendente. Cuidadoso e ao mesmo tempo perigoso. Doce e ao mesmo tempo amargo. No fim, prevaleceu a delícia da valsa, o sabor do sonho – vários realizados – e é isso que importa...

Entro em 2012 de forma totalmente diferente. Não tenho ideia alguma do que me aguarda nesta nova etapa do universo. Com nada previsto, 2012 é um ponto de interrogação. Vou me jogar em seus braços na confiança de que o melhor vem. E virá, com a graça de Deus (amém).

O ano de 2011 eu guardo com carinho, guardo no Potinho, inesquecível e agora eternizado. Meus agradecimentos a você, 2011...

Aquele abraço!

Por Isabella

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Malabares



Hoje eu queria poder fotografar com os olhos. Aquela cena tão incomum me chamou a atenção enquanto eu aguardava, em pé, o motorista dar partida ao motor do coletivo. Aquele senhor, que devia ter pelo menos uns 60 anos, estava imerso em um mundo só dele, com cinco bolinhas coloridas nas mãos.

Duas azuis, uma verde, uma amarela e uma vermelha.
 Como se estivesse em um picadeiro, fazia malabarismo na plataforma entre dois corredores de ônibus. Com apenas uma das mãos, jogava as bolinhas ao ar e caminhava lentamente. Tentava insistentemente permanecer com as coloridas a rodopiar até o fim daqueles que deveriam ser uns 20 metros de concreto.

Mas não conseguia. Chegava até quase a metade da plataforma, perdia o ritmo e voltava ao começo. Murmurava como quem conversasse consigo mesmo, ou com o público, ou com um cachorro ou papagaio, quem vai saber?

Apesar de sucessivas tentativas frustradas, continuava a perseguir aquele objetivo tão insignificante para quem mal entendia o que se passava com aquele homem.

Sem que ele desviasse o olhar das bolinhas, uma mãe com dois filhos caminha junto à plataforma, em direção ao outro lado do terminal. As crianças observam, atentas e curiosas, e sorriem como uma plateia que reconhece o artista. Ele nem desvia o olhar.

Talvez seja um homem que nunca deixou de ser criança. Ou um maduro adulto que persegue seus sonhos até o fim, mesmo que com bolinhas coloridas. Não importa. Para mim aquele é um artista da vida. Sonha o que quer, sem nem ligar para o que os outros pensam. Chuta o absurdo pra lá, e persiste.

Por Míriam Bonora